sábado, abril 18, 2009

o candidato

E o principal candidato às próximas eleições legislativas e ao cargo de primeiro-ministro é:

Aníbal Cavaco Silva





Declarações de Cavaco, duro como nunca para Governo e empresários:

o chefe de Estado apontou directamente o dedo ao Governo avisando que “seria um erro muito grave, verdadeiramente intolerável” que, “na ânsia de obter estatísticas económicas mais favoráveis e ocultar a realidade, se optasse por estratégias de combate à crise que ajudassem a perpetuar os desequilíbrios sociais já existentes".

“faltou vontade política e económica para questionar o caminho que estava a ser seguido e que há muito suscitava reservas”

"num cenário de dificuldades, e sob a pressão da necessidade urgente de agir, as decisões nem sempre são ponderadas devidamente, acabando por abrir espaço para o desperdício de recursos públicos” ou “para a concentração desses recursos nas mãos de uns poucos, precisamente aqueles que detêm já maior influência junto dos decisores"


"Este é um período em que se pede ao Estado um maior activismo”, acrescentou, lembrando que “esta não é altura para intervencionismos populistas” ou “voluntarismos sem sentido”. “Os recursos do país são escassos e é muito o que há ainda por fazer. É preciso garantir o máximo de transparência na utilização dos dinheiros públicos. Desde logo, por uma questão de respeito para com os contribuintes"


"é hoje seguro afirmar que, na génese da crise financeira e económica que o mundo enfrenta, muito pesaram a violação de normas éticas” e “a adopção de comportamentos de risco cujo impacto sobre o sistema financeiro e o bem-estar das populações não foi devidamente ponderado”.


"Para além da imprudência e, mesmo, da incompetência reveladas na avaliação e tomada de riscos, muitos foram os gestores financeiros que, simplesmente, perderam o sentido da decência, como afirmou recentemente o Presidente da República da Alemanha”, acrescentou Cavaco Silva. Para o chefe de Estado, “criou-se um ambiente de exuberância objectivamente desligado da realidade e incapaz de antecipar os custos sociais de um eventual colapso do sistema”. E lembrou que “por detrás das estatísticas e dos gráficos que identificam a crise estão trabalhadores que perderam o emprego” e “investidores que perderam as poupanças de uma vida e cujos projectos e ambições foram destruídos num ápice”.


é “preciso ter coragem de, em vários domínios, começar de novo.” “É urgente que os decisores reajustem as prioridades e corrijam as injustiças e os erros que a crise desmascarou”; “é urgente colocar no topo da agenda, ao lado da liberdade, a responsabilidade, a solidariedade e a coesão sociais”. E, como já fez outras ocasiões, alertou para a importância “que a verdade, a transparência e os princípios éticos têm no bom funcionamento de uma economia e no desenvolvimento de uma sociedade”.


“não se trata de governar para os números, nem para as estatísticas”. “Estão em causa problemas concretos de natureza social, que geram situações de desespero e afectam com especial gravidade os mais desprotegidos. Problemas cuja resolução é uma responsabilidade política e, mais do que isso, uma condição necessária para a estabilidade da nossa democracia”.




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