segunda-feira, dezembro 31, 2007

receita de ano novo



O meu mundo em 2007 foi igual e diferente. Sintra, Algarve, Dornes, Tomar, Barcelona, Roma. Estes locais marcaram, de uma forma ou de outra, o ano na secção de viagens, que foi verdadeiramente impulsionada. Mas mais importante ainda foram os locais habituais, entre Lisboa e as Caldas da Rainha. Em Lisboa há um local novo que foi, já em Dezembro, muito especial: o Teatro São Luiz. Para o ano há mais... espero.
2007 foi difícil em vários aspectos, mas olhando em retrospectiva (uma bela palavra) foi bem melhor do que parecia inicialmente. As coisas boas nem sempre têm o mérito que deviam.
Ano novo, vida nova. Será?




Receita de ano novo
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade










Junho de 2007. A compra do ano.

A todos os visitantes deste blog, que façam de 2008 um excelente ano nas vossas vidas.

ouvir dizer, lendo

2008? Porreiro, pá
"Drummond de Andrade, poeta universal (embora brasileiro de Itabira por nascimento) que sempre andou às voltas com o tempo, também se atormentou com as passagens de ano em pelo menos três dos seus poemas. Começou precisamente com Passagem de Ano, em 1945, ainda o mundo tremia pelos efeitos da guerra, com este aviso: "Surge a manhã de um novo ano./ As coisas estão limpas, ordenadas. (...) A vida escorre da boca,/ lambuza as mãos, a calçada./ A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia." Quarenta anos passados, ainda não se livrara do peso. Em O Ano Passado, de 1984, escreveu: "O ano passado não passou,/ continua incessantemente. (...)/ As ruas, sempre do ano passado,/ e as pessoas, também as mesmas,/ com iguais gestos e falas. (...) Não consigo evacuar/ o ano passado." Só em Receita de Ano Novo, de 1977, sugeriu esta visão (agora muito em voga, citada em blogues e até no YouTube): "Para ganhar um ano-novo/ que mereça este nome,/ você, meu caro, tem de merecê-lo,/ tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,/ mas tente, experimente, consciente./ É dentro de você que o Ano Novo/ cochila e espera desde sempre." Façamos-lhe a vontade, a ver o que sai. "

(...)

"As passagens de ano são uma coisa estranha. Em milissegundos vai-se o ano velho, chega o novo, ninguém dá pela troca porque está tudo eufórico mas o relógio começa logo a traduzir (e a gastar) o recém-nascido em segundos, minutos, horas, meses. Até que o novo ano se torna velho e tudo se repete. A isto nos fomos habituando. "
crónica de Nuno Pacheco, in Público

reminiscências

Porque é que o ano novo tem menos simbolismo do que o Natal?

A resposta está ao alcance da experiência pessoal de cada um.

domingo, dezembro 30, 2007

the real name

E o nome verdadeiro é...


Marilyn Manson - Brian Warner


Dita Von Teese - Heather Sweet

sexta-feira, dezembro 28, 2007

courbet


guerra fria no pólo norte

Putin's Arctic invasion: Russia lays claim to the North Pole - and all its gas, oil, and diamonds
Russian President Vladimir Putin is making an astonishing bid to grab a vast chunk of the Arctic - so he can tap its vast potential oil, gas and mineral wealth. His scientists claim an underwater ridge near the North Pole is really part of Russia's continental shelf. One newspaper printed a map of the "new addition", a triangle five times the size of Britain with twice as much oil as Saudi Arabia.
Russia claims North Pole with Arctic flag stunt - Telegraph
BBC NEWS Europe Russia plants flag under N Pole


takanakuy




O Clube de Combate (como no filme) ao vivo e a cores no Perú! Chama-se Takanakuy e acontece todos os anos em Cuzco. Velhos, Adultos, jovens e crianças dão murros uns nos outros e uns quantos pontapés. Parece ser saudável. A reportagem animou o final do Telejornal da RTP1.

Peruvians part in annual festival
Peruvians in Cuzco have participated in an extensive annual fighting festival aimed to allay tensions built up over the past year. The traditional festival, known as Takanakuy or 'fighter', starts with dancing and religious processions. After the parade, local authorities oversee the festival where referees mediate the bare-knuckled fights aimed to help people vent their anger over personal or economic problems created in the previous year. The festival which occurs in a number of places in Peru permits women and children to also compete.
PERU


--
Tailândia oferece terapia do riso a policiais de trânsito
Mais de mil policiais de trânsito de Bancoc, na Tailândia, estão participando de sessões de terapia para aprender a rir usando várias partes do corpo. Os participantes aprendem a rir com o rosto, a cabeça, os dedos e como usar o diafragma para gargalhar do fundo do estômago. Os policiais de trânsito de Bancoc trabalham em algumas das ruas mais poluídas do mundo, e muitos sofrem de stresse.

best youtube videos of 2007



Obama Girl.
Visto 4,311,025 vezes.





Buffalo Battle, in Kruger National Park
21,374,238


e o burro sou eu?

são luiz


quinta-feira, dezembro 27, 2007

pai natal volta a dormir


Santa's sleeping, originally uploaded by seremot.

Pai emot.

o que anima os britânicos

E no top de notícias mais lidas no site da BBC estão...


How spicy foods can kill cancers (o meu pai vai ficar contente!)
Scientists have discovered the key to the ability of spicy foods to kill cancer cells.


Skating traced back 4,000 years
The world's first skaters are likely to have taken to the ice about 4,000 years ago on the frozen lakes of Finland, according to a UK-based research team.


The technology with impact 2007
The last 12 months have seen plenty of talking points around technology - from the iPhone, to Facebook, the launch of Vista and the XO laptop - but what were the developments, stories or gadgets which had the biggest impact?


Hilton fortune to go to charity
The inheritance of US heiress Paris Hilton looks set to shrink dramatically after her grandfather announced plans to give most of his fortune to charity.


Egypt 'to copyright antiquities'
Egypt's MPs are expected to pass a law requiring royalties be paid whenever copies are made of museum pieces or ancient monuments such as the pyramids.

uma ode ao consumismo

Estamos mais pobres? Vive-se pior em Portugal? As medidas do Governo são austeras?
As notícias seguintes são a resposta às preces de José Sócrates: os portugueses gastam como nunca gastaram. Mais uma forma de pensar que ainda pode ir esgravatar mais um bocadinho e tirar mais um dinheirinho (aumentar ou manipular impostos e taxas variadas) ao bolso destes gastadores nacionais.


Compras através do Multibanco atingiram 2200 milhões de euros em Dezembro
Até dia 25 os portugueses fizeram 28,6 milhões de levantamentos no Multibanco, no valor de 1953 milhões de euros. As compras feitas através dos Terminais de Pagamento Automático (TPA) atingiram um valor de 2268 milhões de euros.



TMN, Vodafone e Optimus somam 977 milhões sms pelo Natal
As principais operadoras móveis no mercado nacional (TMN, Vodafone e Optimus) processaram um total de 977 milhões de mensagens escritas (sms) no período entre 21 e 25 de e Dezembro, de acordo com números anunciados separadamente esta quarta-feira. A Portugal Telecom registou 442 milhões de mensagens escritas na rede da TMN, ou seja «70% mais do que o registado em 2006», indica a estatística da operadora móvel.
Por seu lado, a Vodafone (líder mundial e número dois no mercado móvel português) anunciou um tráfego de 413 milhões de sms no mesmo período, «um aumento de 52%», face ao homólogo de 2006.




NODDY E BARBIE 'LUTAM' COM O HOMEM-ARANHA
Segundo as contas da Deloitte, que todos os anos realiza um estudo sobre os hábitos de consumo em diversos países, os portugueses deverão gastar, este ano, uma média de 276 euros em prendas. Na hora de comprar presentes, diz a Marktest, cerca de 30% decidem oferecer roupa e 25% compram brinquedos para oferecer. Livros, CD e utensílios tecnológicos também estão entre os mais comprados.



Natal: 596 euros
Consumo: Estudo da Deloitte indica que portugueses gastarão mais em 2007
A crise parece ter ficado para trás até ao fim-de-ano e problemas como a subida das taxas de juro, do preço dos combustíveis e do número de desempregados não atormentam, por agora, os portugueses tendo em conta as previsões para o consumo neste Natal.
Segundo um estudo da consultora Deloitte, cada português vai gastar este Natal 596 euros em compras (a maioria do dinheiro é para prendas). Um montante que representa um acréscimo de 1,4 por cento face aos 588 euros despendidos no Natal de 2006. Contudo, tendo em conta a inflação de 2,6 por cento, verificou-se uma ligeira perda de poder de compra.
Os gastos dos portugueses são superiores a países como a França em que cada habitante gasta nesta quadra 556 euros e da Alemanha (420 euros). Em Itália o gasto é de 651 euros. No topo da tabela estão os irlandeses com 1339 euros por pessoa, seguidos dos cipriotas (1188 euros), britânicos (1057 euros), espanhóis (951) e gregos (716 euros).


Mais 7% de levantamentos do que em 2006
Portugueses gastaram 4,2 mil milhões em Dezembro
Entre levantamentos nas caixas automáticas de Multibanco e pagamentos nos terminais instalados nas lojas, os portugueses movimentaram nos primeiros 25 dias de Dezembro 4221 milhões de euros. Até ao dia de Natal o valor efectuado em compras foi 5,6 por cento superior a 2006.
A mesma tendência verificou-se nos levantamentos: mais sete por cento face ao mesmo período do ano passado. Só no dia 22 foram gastos 149,1 milhões de euros em compras, o pico máximo atingido este mês, onde, em média, foram gastos todos os dias mais de 90 mil euros. O ano passado a maior parte do consumo em estabelecimentos comerciais foi feito a 23 (145,3 milhões de euros). Segundo dados da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), no total foram realizadas 57 milhões de operações, mais 6,4 por cento do que no período homólogo de 2006. A utilização do Multibanco como forma de pagamento sobe de ano para ano, o que pode explicar o aumento do número de operações. Em Portugal há 12 mil caixas automáticas, 160 mil Terminais de Pagamento Automático (TPA) e mais de 16 milhões de cartões de multibanco. Até ao dia 25, o Multibanco também foi utilizado para efectuar carregamentos de telemóveis no valor de 6,8 milhões de euros. No dia 24 registaram-se 607 mil carregamentos, ou seja, sete por segundo.


Portugueses gastaram 995 euros por segundo no Natal
Portugueses estão a gastar 995 euros por segundo. Foi a média das compras de Natal nos primeiros 18 dias de Dezembro.





4.221.000.000
é o valor, em euros, dos levantamentos nas caixas Multibanco e dos pagamentos nos terminais instalados nas lojas nos primeiros 25 dias de Dezembro.

quarta-feira, dezembro 26, 2007

mec vs rap

O Expresso colocou Miguel Esteves Cardoso a entrevistar Ricardo Araújo Pereira. MEC é uma grande influência para Ricardo, como o próprio já tinha falado noutras entrevistas, inclusive numa que lhe fiz quando ele começou a escrever as crónicas para a Visão. A ideia parece-me muito boa, simplesmente não deixo de ter uma sensação que é muito parecida com a ideia de por o RAP a entrevistar o Terry Jones. Talvez esteja a exagerar, mas lá que dá ares... lá isso dá. Se foi esse o caso, só me sinto bem por saber que a ideia que tive influenciou o Expresso.

O João Paulo Meneses não gostou muito da entrevista de 10 páginas. Eu só li a versão da net e, apesar de ter gostado de algumas partes, estava à espera de melhor (mas o facto de não ter lido a entrevista completa torna a minha opinião ainda mais irrelevante - desnecessária, mesmo):
"Miguel mostra como um mau entrevistador consegue fazer com um bom entrevistado uma má «entrevista»"




Os humores de RAP e MEC
Ricardo Araújo Pereira e Miguel Esteves Cardoso em conversa sobre o humor e a vida



Ricardo Araújo Pereira (RAP) confessou numa entrevista que Miguel Esteves Cardoso (MEC) sempre foi para si um modelo inspirador, no que à irreverência da escrita e ao humor dizem respeito. O Expresso pediu a MEC que entrevistasse RAP - e foi assim que os dois se conheceram pessoalmente. Mais do que uma entrevista formal, o resultado de várias horas de diálogo, em vários dias, é uma conversa sobre o humor e seus limites, o êxito e o fim dele, a vida e os seus desafios. Falou-se de humor, sim, mas a conversa foi séria. Excertos:

Às vezes dás por ti a dizer o que os outros querem ouvir?
Não. Eu digo o que quero. E digo a verdade.
Mas és capaz de adivinhar o que as pessoas querem que tu digas?
Isso sou. E o Miguel?
Também.
E o Miguel, às vezes, não diz o que os outros querem ouvir?
Sim.
Eu também.


--
BREVE diálogo na pacata tarde de segunda-feira passada, no Chiado, que se tornou num verdadeiro momento de campanha do «gato»: «Admiro-o muito.» Resposta: «Isso passa-lhe»
in Expresso

xmas 1968



Blue Xmas. Elvis. 1968. Via FHF.

ingleses para ingleses

Tea 'healthier' drink than water
Drinking three or more cups of tea a day is as good for you as drinking plenty of water and may even have extra health benefits, say researchers.

terça-feira, dezembro 25, 2007

have a nice day

2007.

Tomar.
Barcelona.
Milão.
Roma.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

é natal



1950.

domingo, dezembro 23, 2007

where is the christmas three...


We three..., originally uploaded by Miss Aniela.

eu, agnóstico

Ateísmo Contra as Igrejas, contra a religião, agora também contra Deus
José Manuel Fernandes
Einstein tinha anunciado a morte da querela entre a ciência e religião. Mas depois do 11 de Setembro e face à direita evangélica, os ateus são agora desafiados a sair do armário não só para combaterem as Igrejas e as religiões, mas para proclamarem Deus como mal absoluto
"Chegou o momento de nós, os iluminados, sairmos do armário." Foi assim que, em Julho de 2003, Daniel C. Dennett, um professor de Filosofia na Universidade de Tufts anunciou, num artigo editado no New York Times, o que estava para vir. E o que estava para vir era um regresso em força do ateísmo.
"O que é um iluminado?", auto-interrogava-se. "Um iluminado é alguém que tem uma visão naturalista e sobrenatural do mundo. Nós, os iluminados, não acreditamos em fantasmas, em duendes ou no coelhinho da Páscoa - nem em Deus." Os iluminados seriam ateus, não apenas agnósticos, teriam uma tradição que remontaria ao Iluminismo do século XVIII e ocupariam muitos cargos públicos, pois "não confiam que Deus possa salvar a humanidade das suas loucuras". Contudo, em especial nos Estados Unidos, como se recusam a assumir um "ateísmo agressivo", estariam condenados à "impotência política".





The God Delusion
The God Genome
God Is Not Great

the program for this evening is new


No meu serão: o documentário dividido em 4 episódios, com Terry Jones a contar a história dos povos Bárbaros, cuja cultura foi adulterada pela história dos romanos. No episódio que vi Mr Jones falou dos celtas - dos quais os britânicos são descendentes.
Site da BBC

sábado, dezembro 22, 2007

it's christmas times...

...when you do nothing at all

xmas carols

Fuck Christmas,
I've Got the Blues

a ver... ou ler

West Coast of Europe Bem-vindos à Califórnia... com caché
por Alexandra Prado Coelho
A agência BBDO concebeu uma campanha para dar ao mundo uma nova imagem de Portugal. Na base está a ideia de que pertencermos ao Sul nos prejudica. Por isso, passamos a ser a West Coast of Europe. E libertarmo-nos do estigma de sermos todos "porteiras e bimbos". As opiniões dividem-se
Estamos fartos de que os outros nos vejam como "porteiros e mulheres-a-dias em França, criados na Suíça, bimbos em Inglaterra, pedreiros na Alemanha e padeiros no Brasil". Assim não vamos lá. Temos cantores, artistas plásticos, cientistas, energia eólica, um visual moderno. Este é o ponto de partida da campanha lançada pelo Ministério da Economia e Inovação para a nova imagem de Portugal - polémica (se não o fosse nem valeria a pena), agrada a uns, enquanto outros não hesitam em considerá-la um "disparate".
A ideia é reposicionar o país como a Costa Ocidental da Europa, e renovar-lhe a imagem através das fotografias de oito portugueses que se destacam em diferentes áreas - Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Nelson Évora, Vanessa Fernandes, Mariza, Miguel Câncio Martins, Maria do Carmo Fonseca e Joana Vasconcelos - feitas pelo fotógrafo britânico Nick Knight (que tem honras de aparecer em grande no cartaz, na frase Portraits of Europe"s West Coast by Nick Knight). Dois outros cartazes mostram paisagens ligadas ao aproveitamento das energias renováveis.
As fotografias, em tamanho gigante, enchem as ruas de Lisboa e do Porto - 11.500 metros quadrados de tela e 1745 mupies nas duas cidades. E vão aparecer em ções internacionais como a Economist, Conde Nast Traveller, Time, Newsweek, Vogue, Stern, Le Monde2, Le Fígaro Magazine, El País e El Mundo.
mais in Publico





Ingredientes para uma ceia de Natal sem stress
Uma boa planificação é essencial para não deixar que os nervos estraguem o Natal ao cozinheiro de serviço. Chefes de cozinha revelam os passos a dar para evitar que o stress tome conta da festa.












O desafio é descobrir quais as mães Natal que recorreram ao silicone e as mães Natal, all natural. Clicando na foto o desafio torna-se mais fácil.

somos parte de la literatura, la literatura es parte de nosotros

cousin violet


Cousin Violet, originally uploaded by manga_mom.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

cientistas devem acreditar que saco de plástico voador é possível

Cientistas acreditam que tapete voador é possível
Cientistas norte-americanos da Universidade de Harvard acreditam que, em teoria, um tapete poderia erguer-se do chão e voar por uma curta distância, tal como os tapetes voadores das histórias de «Mil e Uma Noites». Num artigo publicado na revista científica Physical Review of Letters, a equipa de especialistas diz ter constatado que uma folha de papel do tamanho de uma nota de dinheiro pode manter-se a flutuar no ar se for mantida em movimento de vibração ondulatória de cerca de 10 vezes por segundo.
Segundo os cientistas, este mesmo princípio, semelhante ao que rege o movimento sobre as águas de animais marinhos que conseguem manter-se sobre a água por alguns segundos, como arraias, poderia ser aplicado a um tapete. Esse «tapete voador», no entanto, não poderia transportar pessoas, por causa do impacto das vibrações.

o buraco 65

O novo meio de financiamento ao arrendamento jovem, com o nome de Porta 65 e que substitui o anterior IGAPHE, é uma comédia do princípio ao fim. Basta ir ao site oficial e fazer a simulação que por lá jaz que cedo se percebe que é quase impossível conseguir reunir condições suficientes para ter direito. Fazer a simulação é uma comédia. O desafio é conseguir chegar às condições que dão para ter apoio! Pelos vistos


Crónica no Jornal de Negócios
Porta 65 Fechada - grupo de revoltados
Petição


É difícil encontrar razões para um diploma tão irreal. Sobram duas: ou os apoios ao arrendamento jovem são para acabar e não houve coragem para assumi-lo; ou quem se sentou atrás da folha de Excel vive noutro planeta. Se olharmos para a redução do orçamento para 12 milhões, pensaremos que é a primeira; se percebermos que nos pressupostos do cálculo das rendas se ponderou o "stock" de rendas do INE (que agrega milhares de rendas "pré-congeladas"), recearemos que será a segunda.
- Pedro Santos Guerreiro, JN, via A Peste

saber perguntar

Jovem (ou adulto, ou mesmo velho), tens mais de 16 anos e gostas de fazer perguntas? Então dá o teu melhor perante um dos chefes da organização terrorista Al Qaeda, al-Zawahiri:

Al-Qaeda to give 'open interview'
Al-Qaeda's media arm, al-Sahab, has invited individuals, organisations and journalists to submit questions for an open interview with Ayman al-Zawahiri. Advertisements posted on Jihadist websites said questions sent to them over the next month would be passed to al-Qaeda's deputy leader for his reply.

segunda-feira, dezembro 17, 2007

friooooooooo

Está taaaaaaaaaaaaaanto frio!
E amanhã começa a chuva.
Apetecia-me registar este frio.
É que está mesmo.
Frio.
O frio faz-me sentir mais vivo. Mais desperto.
E também mais congelado e mais perro.

herói muçulmano no metro de nova iorque

Hassan Askari, o novo herói de Nova Iorque, nasceu há 20 anos em Manhattan, mas passou a juventude no Bangladesh, a terra dos pais. Muçulmano cumpridor, regressou há um ano aos Estados Unidos para estudar Economia e a sua vida dividia-se entre o Berkeley College e o restaurante de East Village onde trabalha algumas horas. Até que, irritado com a indiferença dos outros passageiros do metro, saiu em defesa de três jovens judeus atacados numa carruagem por um grupo de anti-semitas. Askari foi esmurrado, mas a sua intervenção permitiu a um dos agredidos puxar o travão de emergência. Chegou então a polícia, que deteve dez pessoas, incluindo um homem que exibia uma tatuagem de Cristo, e que tinha sido o primeiro a agredir Walter Adler, Angelica Krischanovich e Maria Parsheva. O seu erro? Terem respondido com "Feliz Hanuka" ao "Feliz Natal" desejado por outros passageiros. Celebrada em Dezembro, a festa judaica das luzes assinala a reconquista do Templo de Jerusalém no século II a. C., mas para o homem com a tatuagem só podia ser uma provocação: "Não foi nessa altura que os judeus mataram Jesus?" De seguida as agressões, verbais ("Judeus de merda") e físicas.
in DN, crónica de Leonídio Paul Ferreira

sexta-feira, dezembro 14, 2007

snow boulder


snow boulder, originally uploaded by Paguma.

história recente da imprensa portuguesa

Lelé da cuca
O dito faz parte da história da democracia portuguesa: foi cunhado pelo ilustre Marcelo Rebelo de Sousa, na sua encarnação de jornalista do Expresso (que dirigiu) e de redactor da respectiva secção de mexericos politiqueiros e rosa, a Gente . "Balsemão é lelé da cuca", escreveu ele no meio de um texto, antecipando gargalhadas dos jornalistas da secção de copy desk antes de apagarem da versão final a apreciação sobre o proprietário do jornal, à época primeiro-ministro. Mas nenhum dos copy desks, por distracção ou por respeito pela hierarquia ou por serem ferozes adeptos da liberdade de expressão ou por pura perversidade (talvez tivessem as suas próprias ideias sobre quem era ou deixava de ser lelé da cuca), "corrigiu" o texto. E lá foi Pinto Balsemão tratado de lelé no seu próprio jornal, para gáudio do país, do léxico nacional e da aura um pouco disparatada do professor.

donna feldman

Visões fotográficas.

descubra as diferenças

Fábio Capello: 61 anos
Novo seleccionador de Inglaterra


Avram Grant: 52 anos
Treinador do Chelsea desde Setembro, substituindo Mourinho. Renovou ontem por mais quatro anos.







sócrates araújo pereira

Chama-se Isabel Stilwell e conheço-a, ao ponto dela ser a minha chefe. Não é por isso que fiquei deslumbrado pela bela analogia que ela faz no editorial de ontem e que não resisto a colocar de seguida:


Sócrates Araújo Pereira enfrenta motim no PE
Ponho as mãos no fogo que não foi José Sócrates a enfrentar, ontem, o motim de eurodeputados em Estrasburgo, que o interrompeu sucessivas vezes, quando discursava na cerimónia de proclamação e assinatura da Carta dos Direitos Fundamentais. Cá para mim era, de certezinha absoluta, Ricardo Araújo Pereira, contratado para fazer a cena, até porque, como toda a gente sabe, hoje o primeiro-ministro já vai ter um dia agitado a fazer, novamente, de alegre anfitreão dos «colegas» que vêm a Lisboa, assinar o tratado e andar de eléctrico à borla.
Se não acredita vá ver o «filme» ao Youtube ou ao site da SIC. Tem os tiques todos do Gato Fedorento, o ritmo das palavras embaladas pelos gestos teatrais que tão bem ficam nesta quadra natalícia. Sócrates/Ricardo, rodeado por uns senhores, com idade para terem juízo, vestidos de T-shirts pretas, empunhando cartazes a dizer «referendum», e a fazerem uma chinfrineira dos diabos. Entre gargalhadas, praticamente provocaram um ataque de cardíaco ao pobre do presidente do PE, um senhor que se dá pelo nome de Hans-Gehrt Poettering, e que, bem vistas as coisas, tinha muitas semelhanças com o Diogo Quintela!

crónica completa aqui

a não esquecer

Obrigado ao Nande (e blog das PF) e ao João Paulo Meneses pela referência sobre o encontro entre RAP e Terry Jones.

1; 2; 3; 4; 5; 6; 7;

quarta-feira, dezembro 12, 2007

quem quer ser carrapatoso...

Vodafone: presidente mundial, Arun Sarin, afirma que se Carrapatoso quiser fazer um negócio liga-me e eu passo um cheque.
Um entrevista bem curiosa do Diário Económico.

terça-feira, dezembro 11, 2007

dúvida sobre manoel

Manoel de Oliveira completa hoje 99 anos, diz a Lusa. Tudo porque ele nasceu a 11 mas foi registado a 12 de Dezembro. Uma dúvida grande que me invade, já que entrevistei hoje o Mestre e não lhe dei os parabéns. Estranho! Deveria ter dado?

ode ao penis




Brad Pitt e Edward Norton, durante as gravações de Fight Club cantam uma música chamada Penis.

Hey Penis, oh Penis

Penis if you will
Please send a little girl for me to thrill
A girl who wants my kisses and my arms
A girl with all the charms of you.

Penis, make her fair
A lovely girl with sunlight in her hair
And take the brightest stars up in the skies
And place them in her eyes for me.

Penis, goddess of love that you are
Penis, goddess of love that you are

Penis, penis, my penis, your penis, penis, your penis, my penis, oh, peeeeeeeeeeeeenis.

--



The Penis Song - dos Monty Python. Cantada e escrita por Eric Idle, no filme The Meaning of Life.



Good evening, ladies and gentlemen.
Here's a little number I tossed off recently
in the Caribbean.

Isn't it awfully nice to have a penis,
Isn't it frightfully good to have a dong?
It's swell to have a stiffy,
It's divine to own a dick,
From the tiniest little tadger,
To the world's biggest prick.

So three cheers for your Willy or John Thomas,
Hooray for your one-eyed trouser snake,
Your piece of pork, your wife's best friend,
Your Percy or your cock,
You can wrap it up in ribbons,
You can slip it in your sock,
But don't take it out in public,
Or they will stick you in the dock,
And you won't come back.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

zé descoberto no deserto

Long-eared jerboa

Uma criatura «extraordinária» do deserto foi filmada pela primeira vez, acreditam os cientistas. O pequeno mamífero de orelhas longas pode ser encontrado nos desertos da Mongólia e China e salta como um canguru, apesar de ser minúsculo. Como não tinha nome, dei carinhosamente o nome de Zé. -- ver na BBC mais info

domingo, dezembro 09, 2007

apoio falso

O Governo não quer eliminar os apoios à habitação dos jovens. Não. Isso seria mau para as sondagens. Mas como quer meter mais uns trocos no bolso à custa daqueles que estão a começar a vida (atenção que o apoio à habitação anterior ajudava mesmo quem não precisava e seria necessário alterá-lo), fez agora com que nenhuma casa cumprisse os requisitos novos.

Apoio aos jovens exclui quase todas as casas
O mercado de habitação não dispõe de oferta de apartamentos que cumpram as condições impostas pelo novo programa de apoio ao arrendamento jovem. Segundo uma pesquisa à base de dados daquele que é o maior portal nacional de imobiliário, Casa Sapo, é residual o número de apartamentos disponíveis para arrendamento que cumprem os limites máximos impostos pelo novo programa Porta 65 - que substitui o antigo Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ) - para o valor das rendas a comparticipar pelo Estado.

cimeira africana e eleições americanas

Ver a CNN em Lisboa é estranho. A Cimeira entre a UE e África é um evento que dá uma visibilidade incrível ao país. Mais do que se possa pensar. Portugal aparece dezenas de vezes na CNN. Será que a Cimeira servirá para resolver alguns dos problemas africanos mais preementes (Darfur, Zimbabué, etc, etc, etc)? Não me parece. E é pena! Sócrates diz que Portugal é a «ponte perfeita» entre a UE e África. Concordo que tem potencial para isso... Um país conhecido como neutro e pacífico, que está mesmo no limiar de África e teve colónias de grande dimensão no continente africano (ao contrário dos espanhóis). Bons elementos.

EC President Jose Manuel Barroso, Ghana's President John Agyekum Kufuor, Portugal's PM Jose Socrates at summit, 9 Dec 2007


ACT (9-12-2007):
EU-African leaders seal new pact
Cimeira UE-África: Sócrates diz que foram cumpridos "todos os grandes objectivos"
O primeiro-ministro português José Sócrates declarou, no discurso de encerramento da Cimeira União Europeia-África, que durante os dois dias da iniciativa foram cumpridos "todos os grandes objectivos". No entanto, lembrou que a História fica agora com uma página em branco para escrever.
Cimeira UE-África: negociações sobre acordos de parceria vão continuar em 2008
Líbia propõe organizar a próxima cimeira União Europeia-África
Organizações não governamentais, empresas e associações de juventude apresentaram declaração política na cimeira UE-África
Dossier sobre a Cimeira UE-África
Texto sobre a Parceria Estratégica UE-África (em pdf)


--

Acabo de ver, na CNN, que Oprah Winfred, a apresentadora mais influente dos EUA, apoia oficialmente a candidatura de Barack Obama. Será que isso irá torná-lo o próximo presidente dos EUA? Não é descabido. Oprah influencia, possivelmente, uns 30 milhões de votos.



Al Gore já está em Oslo, onde recebe segunda-feira, o Nobel da Paz.

sábado, dezembro 08, 2007

the fast road

Terry Jones respira talento interpretativo e narrativo. Jones não se considera um actor, é certo, até porque raramente interpretou textos de outros, mas a verdade é que tanto na voz (versátil) como nas caretas e nos movimentos do corpo, todo ele é um prazer de ver actuar. Nem que seja em algo tão simples, quanto narrar Contos Fantásticos - histórias infantis escritas por ele, mas de alguma forma extremamente interessantes e aliciantes mesmo para todos os adultos que gostam de se sentir inspirados. São histórias simples e fantásticas, repletas de metáforas para situações da vida comum, escritas com um ritmo e timing impressionante. Memorável, mesmo.

Fui ver ontem à noite Contos Fantásticos, no São Luiz, e apesar de ser menos de uma hora de narração muito bem musicada, enche por completo as medidas. A Orquestra Metropolitana de Lisboa, com um divertido convidado especial, o concertino Du Xuan, fazem um belo trabalho (concebido por Luís Tinoco) musical, dando ainda mais emoção e thriller mesmo aos três contos que Terry Jones vai contando: A Estrada Rápida, Três Pingos de Chuva e Tomás e o Dinossauro.
Jones é, provavelmente o Python com a carreira mais versátil e diversificada, de obras académicas sobre Chaucer e a Idade Média, à escrita de contos infantis, de peças de teatro, de filmes. É ainda actor dos seus textos, realizador, encenador, narrador, contador de histórias, you name it! Jorra talento.






PS: No final, quando todos batiam palmas, um homem levantou-se da sua cadeira (não para aplaudir, mas porque lhe apeteceu) e um velhote que estava atrás dele pediu-lhe para se baixar, que não conseguia ver o palco. O homem sentou-se danado e começou a insultar o velhote, dizendo que a peça já tinha terminado e não tinha nada de sentar-se. Entretanto as luzes do teatro acenderam-se e o cretino continuou a insultar veemente o velhote que estava com a mulher. Há pessoas muito cretinas! Se não sabem respeitar os outros, mais vale não sairem de casa.

PS2: À saída do teatro (onde estava o director das PF, Nuno Artur Silva, reparei que estavam edições do Destak Fim de Semana na mesa com material informativo. Ainda bem. Bem apropriado, já que a capa é RAP e Terry Jones. Ontem, ao final da tarde, passei de carro pela Praça de Espanha, estavam a distribuir o jornal Fim de Semana. O distribuidor, esperto, mostrava a capa com RAP e Terry Jones aos automobilistas. Ao verem a capa todos pediam o jornal. Mais curioso foi ver muitos a não ficarem satisfeitos com um exemplar, e pedirem aos distribuidores mais do que um. Dá-me uma certa satisfação pessoal ter visto isto.

memória benfiquista

Ver um jogo de 1993 entre FC Porto-Benfica (graças à RTP Memória) permite constatar várias verdades. A primeira talvez seja que José Prates, o pequeno árbitro do bigode que ajudou no seu tempo por diversas vezes o FC Porto, era, no mínimo, um dos mais influenciaveis de sempre do futebol português. Nas Antas, os jogadores do FC Porto fizeram nos 10 minutos de jogo que estou a ver, quatro faltas violentas que justificavam expulsão. E o irritante Prates nada dava. Como o árbitro era amigo, os jogadores do FC Porto não olhavam a meios para impedir os jogadores do Benfica. Deixava-se de jogar futebol naquele meio-campo portista e dava-se, literalmente, traulitada. Paulinho Santos, então, era o sinónimo da cultura portista da altura (porrada de meia-noite, jogo sujo, nojento mesmo, até aos limites e ao estilo de râguebi, sem nunca tentar ir a bola - com a ajuda constante do árbitro). Engraçado ainda é ver jogadores a simularem faltas quando nem lhes tocavam (mas de longe!!). A conivência não era só do árbitro, mas também do comentador, que nem sequer constatava os factos. Incrível como o futebol era tão manipulado nesta altura, bem mais do que hoje.
Os comentadores viam entradas brutais e nada diziam. Uma coisa é imparcialidade outra é falta de vista.

Outra coisa curiosa é ver os jogadores do FC Porto precisarem de assistência médica no relvado (na altura macas nem vê-las) por 10 vezes em 8 minutos (tudo isto porque estavam a ganhar) - mesmo quando nem sequer eram tocados, precisavam de assistência!!


Deleite
No Benfica é um deleite ver Rui Águas a jogar. Que jogador! Boa posse de bola, boa recepção, remate e jogo de cabeça incrível. Depois, ainda havia um João Pinto simplesmente fabuloso (nesta época, 93-94, marcou 18 golos!), repleto de fintas simples mas muito eficazes, com uma qualidade de passe e remate dignas de um segundo avançado, mais recuado, de grande nível europeu. Isaias era uma força da natureza, com grande rapidez e facilidade de remate (potente).

O próprio Vítor Paneira tinha, claramente, bom toque de bola e, o ideal para a sua posição, talento para cruzar para a área (algo raro hoje em dia). Veloso era muito regular, versátil e trabalhador em campo.

Schwartz era um esquerdino versátil (lateral, médio ou trinco), forte, rápido e que dava tudo em campo - o melhor lateral que eu já vi jogar no Benfica. Saiu da Luz de forma injusta. Depois de ter sido campeão não renovaram com ele e Schwartz arranjou logo clube, o Arsenal. Foi o fim de um período de grandes jogadores suecos no clube - todos deixaram saudades, especialmente Jonas Thern, Stefan Schwartz e Mats Magnusson e Stromberg.

[Acabo de ver Mostovoi a marcar um grande golo de livre (o empate), afinal era bom ainda no Benfica. Acabo de ver, ainda, ao lado de Toni, no banco, Jesualdo Ferreira... quem diria que um dia ele seria o treinador do FC Porto. Kulkov era outro grande jogador russo no Benfica, com grande classe].
Nesta altura faziam parte do plantel, embora não tenham jogado neste encontro com o FC Porto, belos jogadores como Rui Costa, Yuran, Hernâni (que andava sempre entre lesões), Abel Xavier e o grande Mozer (que foi expulso desde jogo).

Do lado do FC Porto, do que vejo deste jogo, existem claramente bons executantes, mas era uma equipa bem mais fraca que este Benfica. Vítor Baia estava em forma e Timofte endiabrado neste jogo. Excelentes desmarcações e remates fantásticos. Kostadinov era um bom avançado e na defesa Aloísio e Fernando Couto faziam uma bela dupla.




Schwartz (ficha completa do ex-jogador). Nome completo: Hans Jurgen Stefan Schwartz Idade: 37 (1969-04-18) Nacionalidade: sueco





Um poster com esta foto figurou em lugar de destaque no meu quarto durante vários anos


PLANTEL 93/94, último ano do Benfica campeão na década de 90:
Hernâni, Vitor Paneira, Rui Águas, Kenedy, Paulo Santos, Hélder, Schwarz, Isaías, Yuran, Mozer, Simanic, Abel Xavier, William, Kulkov, Neno, João Pinto, Rui Costa, Veloso, César Brito, Abel Silva, Mostovoi, Silvino, Aílton e Pedro Henriques.


Desempenho do Benfica em 1993/1994
Desempenho do Benfica em 1994/1995
Blog de João Vieira Pinto
Ver vídeo de um dos FC Porto-Benfica da época 1993/1994, aqui.




sexta-feira, dezembro 07, 2007

photo shoot



RAP vs Terry Jones



















Fotos de João Cortesão

and now... for something completely different

E Agora Algo Completamente Diferente

Ideia, organização e textos João Tomé
Fotos João Cortesão


Um foi membro fundador dos Monty Python (o grupo de guionistas/humoristas mais famoso do planeta), e em que desempenhava invariavelmente o papel de velhota. Além disso escreveu argumentos, realizou filmes e documentários, publicou livros infantis, sendo responsável por comentários políticos e históricos.
O outro é membro fundador dos Gato Fedorento (grupo de guionistas/humoristas nacionais mais famoso do país) e imitador de eleição de todas as personalidades da nossa praça, a que soma a literatura, crónicas na revista Visão, participação em livros, discos, blogues, stand up.
O “um” é Terry Jones, 65 anos. O “outro” é Ricardo Araújo Pereira, 34 anos. E se o “outro” tivesse a oportunidade de entrevistar o “um”? Foi esse o desafio feito por mim (para o jornal cultural do Destak, Fim de Semana) a Ricardo Araújo Pereira. O conhecido «guionista que interpreta os seus próprios textos cómicos», como o próprio se define, aceitou o repto!
O encontro deu-se no Teatro São Luiz, terça-feira, minutos depois de Mr Jones (como eu e o RAP tratámos o ex-Python) ter terminado os ensaios da peça que irá estrear por cá a 12 de Janeiro - Nuno Markl (que faz o prefácio da fabulosa autobiografia do Python e traduziu a peça Os Melhores Sketches dos Monty Python) também esteve para aparecer, mas acabou por não poder.
Feitas as apresentações, foi um Ricardo (RAP) nervoso que explicou como os Gato Fedorento começaram, como guionistas, e acabaram por ter um sucesso «repentino», «doido mesmo».
Para “quebrar o gelo”, Ricardo fez algumas perguntas antes de começar a entrevista. Mr. Jones foi-lhe contando que ficará em Portugal até à estreia da peça, passando inclusive o Natal e a passagem do ano por cá, «uma forma de fugir ao frio de Londres». Depois, as perguntas de Ricardo começaram a disparar, e Mr. Jones, sempre disponível, divertido e intenso, não desapontou. O espaço que se segue, é da inteira responsabilidade dos intervenientes (e ainda bem que assim é). E Agora Algo Completamente Diferente...

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RICARDO ARAÚJO PEREIRA

entrevista TERRY JONES

(para quem tiver coragem, seguem-se 14 mil caracteres de uma conversa - eram inicialmente 17 mil. Está ainda num estado semi-bruto, mas é a versão mais completa disponível)



Acredito que lhe vou fazer perguntas que já lhe foram feitas um milhão de vezes… desculpe…
Isso até torna tudo mais fácil (risos).

Como começou o seu interesse na comédia?
Sempre tive interesse. A maior parte dos miúdos gostam... Adoram ser tontos e fazer coisas divertidas. Lembro-me da minha piada mais antiga. Acho que foi antes de saber falar. Estávamos em Gales, tínhamos acabado de comer e a minha avó perguntou se alguém queria sobremesa. E eu, esperto, em vez de passar o meu prato, passei o toalhete da mesa e a minha avó colocou a sobremesa sobre o toalhete. E eu pensei: ‘a piada resultou’ (risos), por isso, luzes e música para mim. Em vez disso, todos se viraram para mim e disseram: ‘porque fizeste isso rapaz tonto?’ Foi aí que percebi que a comédia também era complicada, algo perigoso. Acho que os miúdos gostam de comédia, mas acaba por ser extraído de nós à “pancada”, apenas temos sorte que tenha sobrevivido em nós.

Li muito sobre os Monty Python, como grupo, e como se juntaram. Todos escreveram para outros programas antes dos Python. E estiveram em Oxford juntos…
O Mike [Michael] Palin e eu fomos para Oxford, o John Cleese, Eric Idle e Graham Chapman estavam em Cambridge. O Terry Gilliam estava numa universidade chamada Occidental, nos Estados Unidos.

Há uma rivalidade entre Oxford e Cambridge?
Sim! E é curioso porque chegámos à conclusão, que sempre que não estávamos de acordo sobre algo que tinha piada ou não, a divisão era sempre entre os que tinham andado em Cambridge e os de Oxford. Terry Gilliam alinhava sempre pelos de Oxford, então havia um empate, 3-3. Outra coisa estranha que me lembro é que, quando nos juntávamos e estávamos ali sentados, à espera que o último dos Python chegasse, acabávamos por esperar mesmo quando já estavam os seis… (risos) estávamos sempre à espera de um dos Python.

Alguns de vocês já se conheciam antes dos Python. Conhecia o Michael Palin. Na altura estudava Literatura Inglesa. Tem um livro sobre o Chaucer [considerado o pai da literatura inglesa], não é?
Tenho dois dele. Porque fiz um há quatro anos outro chamado Who Murdered Chaucer. É mais sobre a situação política no século XV, sobre o facto de não sabermos o que aconteceu ao Chaucer. Simplesmente desapareceu, não há nenhum registo da sua morte, nada. Sempre pensei que era um bocado estranho, um homem tão famoso e não se saber quando morreu. Poderia haver uma relação com o facto de Richard II, que era suposto ser o patrono de Chaucer, ter sido assassinado por Henry IV. E o Chaucer desaparece dois meses depois... Explorei essa relação.




Ok, irei comprá-lo então (risos).
A tradução portuguesa irá demorar a sair.

Mas eu compro-o no Amazon, o meu inglês não é muito bom, mas leio bem… O que me intriga é como é que seis pessoas que não se conhecem, juntam-se e criam algo com uma identidade tão forte?
O engraçado é que sempre achámos que íamos fazer algo de diferente e que o programa não tinha nenhuma identidade. Tentámos surpreender sempre as pessoas, para nunca saberem sobre o que é que o programa ia ser. Python ou Pythonic faz agora parte do dicionário inglês. Isso demonstra o quanto falhámos no que tentámos fazer (risos). Quisémos fazer sempre tudo totalmente novo. Tentámos desesperadamente por não ter nenhuma forma, bem, alguma forma mas nenhuma identidade discernível, mas obviamente falhámos (risos).

Completamente!
Então não havia nenhum conceito pré-estabelecido. Não havia uma espécie de carta de princípios…
Nem por isso… a história é que a BBC ofereceu ao John Cleese uma série de televisão. E acho que ele queria trabalhar com o Mike Palin. E o Mike, eu e o Eric Idle tínhamos feito um programa de crianças, chamado Do Not Adjust Your Set...

Está agora em DVD…
Pois é, é incrível, tinham-nos dito que tinham sido destruídos… Mas, continuando, fomos à BBC e aqueles homens de fato, sentados à volta da mesa perguntavam ‘Sobre o que é que será o programa’. E nós dissemos: ‘não sabemos propriamente’. E eles: ‘a quem é que será dirigido?’. Nós dissemos: ‘não sabemos’. E eles dizem: ‘terá música?’. E nós… ‘não sabemos’ (risos). ‘E como se chamará?’, dizem eles, e nós… ‘não sabemos’. Ao que eles responderam com o seu ar sério: ‘então só vos podemos dar 13 episódios’. (risos). Hoje isto era impossível mas na BBC, em 68/69, acontecia.



Aconteceu uns trazerem um sketch e os outros dizerem que não servia, por não ser Python?
Não, porque não tínhamos um conceito sobre o que era Python. Todos achámos que íamos escrever o material mais divertido. Antes de nos juntarmos, nós já achámos que o material do John Cleese e o Graham Chapman, que tínhamos visto noutros programas, era o mais cómico da altura. E suponho que eles achassem o mesmo sobre mim e o Mike. Estávamos bastante confiantes que íamos escrever coisas com piada, mas não tinhamos um conceito do programa.
Achei que devíamos ter uma espécie de conceito foi ao ver o Spike Milligan, que fazia um programa chamado Q4. Lembro de o ver e pensar ‘Merda, ele conseguiu! Quebrou as fronteiras da comédia’. Até áquele ponto fazíamos sketches de três minutos com princípio, meio e fim. Ou então de 30 segundos. E o Spike começou a fazer estes sketches que começavam de uma forma e depois, de repente, tornavam-se noutra coisa... sem qualquer forma. Ele mostrou-nos que nós escrevíamos cliches. Lembrei-me, na altura, que o Terry Gilliam tinha feito uma animação para o programa infantil Do Not Adjust Your Set muito diferente do habitual, que pretendia mudar consciências. Achei que se casássemos o que o Milligan tinha feito e os sketches do Gilliam teríamos a estrutura para um programa completo. Liguei ao Terry e ao Mike Palin e eles gostaram logo da ideia. Quando nos encontrámos todos, os outros não estavam de acordo e na primeira temporada houve uma espécie de luta, para tentar pôr aquilo funcionar. Só na segunda temporada todos perceberam que era um bom caminho.

Ao ler o livro Monty Python Speaks, percebemos que Mr Jones era o mais preocupado com o aspecto e a forma do programa Flying Circus
Sim… era o que me preocupava mais com a forma do que fazíamos naquela altura.

Recordo-me de dizer que gostava do Buster Keaton, porque era comédia, mas era…
Lindo! Exactamente. E ele fazia algo especial com a estrutura. O Charlie Chaplin também o faz, mas eu não gosto do Chaplin…

Não?!
Quer dizer, gosto dele… mas não gosto dele como pessoa. Ele queria tudo. Que as pessoas se rissem dele, que o admirassem, que o achassem maravilhoso. Acho que não era tão generoso quanto o Buster Keaton. O Keaton dá gargalhadas aos outros. Nos filmes do Chaplin só o Chaplin é que pode dar gargalhadas.

Nunca tinha reparado nisso. Mr Jones tem muitos talentos e interesses. De entre todas essas coisas que fez, acaba por se considerar um actor?
Não, nem por isso. Acho que a escrita é o que vem primeiro, foi o que sempre quis fazer. Embora, tenha um ensaio que escrevi quando tinha sete anos, a minha avó guardou-o. Lá eu dizia ‘eu espero [escreveu mal “espero”, utilizando uma palavra que significa saltar: hopping] vir ser actor’. Então ainda estou a hopping… (risos) Nunca me vi como um actor. Nunca fiz nenhuma interpretação na verdade, fiz papéis de coisas que escrevi.






Recorda-se (claro que se recorda), qual foi o impacto da série tanto na altura como mais tarde?
Não notámos nenhum impacto na altura. Fizemos quatro programas e perguntávamo-nos se alguém via aquelas coisas. Foi só por volta do quinto ou sexto programa que os produtores disseram que tinham chegado muitas cartas de miúdos, de escolas (isto de um programa que passava por volta das 22h30). Esse foi o primeiro feedback. E, no final da primeira temporada, houve umas primeiras críticas de imprensa. Na altura era muito questionável que a BBC quisesse mais uma temporada. Acabaram por querer, mas não havia certezas. Quando fizemos a segunda temporada, as pessoas costumavam dizer que era divertido, mas não era tão bom quanto a primeira temporada. Na terceira série, as pessoas diziam que não era tão bom quanto a segunda. E, quando fizemos o The Holy Graal foi um desastre inacreditável. Fizemos uma primeira mostra para investidores e empresários, nos primeiros cinco minutos houve risos, mas depois… nada. Silêncio absoluto, até ao fim. E nós pensámos que não podia ser assim tão mau. Um dos produtores disse que já sabia que ia ser um desastre.
Entrámos em pânico. Nós tínhamos feito um filme antes para a televisão, chamado E Agora Algo Completamente Diferente. E ninguém se tinha rido nas apresentações de uma cena de luta num bar que tinha gerado gargalhadas em estúdio. Percebemos que era a música que estava a estragar o timing, então tirámos e resultou. Fiz a mesma coisa em The Holy Graal e resultou! Tirei a música quando começavam as falas e os risos voltaram.


Isso é incrível!
Quando é que começou a ser uma superstar?
Só muito recentemente! É muito estranho, na verdade. É como uma bolha, que cresceu. Parece muito maior nos últimos 10/15 anos do que na altura em que o estávamos a fazer.

A sério?! Falou do Spike Milligan. Não falou dele como influência... mas tinham influências?
Ele não era propriamente uma influência, mas tinha estado presente. Seguiamos-o especialmente quando ele estava a fazer o programa The Goon Show, na rádio. Todos ouvíamos quando éramos miúdos. Eu pensava que era óptimo que os Python fossem tão bons quando o The Goon Show, com tanto livre arbítrio e tanta imaginação. De alguma forma achava triste estarmos na televisão. Tentámos fazer, em parte, The Goon Show em versão televisiva, suponho. Esse programa tinha personagens recorrentes que apareciam sempre. O que nós não fazíamos nos Python.

Sempre me perguntei se alguém como Edward Lear [autor inglês especialista em nonsense] foi uma influência...
Sim, suponho que talvez tenha sido na parte de nonsense. Mas nunca gostei muito do Edward Lear, sempre quis gostar... (risos) mas não conseguia passar do ‘não está mal’.

Como escolhia os temas dos filmes? Tem História, religião e o Significado da Vida...
The Holy Graal veio à baila por causa que o Mike tinha escrito um texto sobre o Rei Artur e algo sobre cocos e achámos todos que estava muito cómico. Não sabíamos como íamos fazer aquilo, mas achámos que era um início divertido. Depois dissemos, ‘vamos fazer os contos do Rei Artur’. Mas o primeiro guião estava dividido entre tempos modernos e medievais. Nessa altura andava, à noite, na Biblioteca inglesa, a pesquisar para o meu livro sobre o Chaucer, por isso estava embrenhado na Idade Média. Achei que devíamos fazer tudo na Idade Média. O primeiro guião tinha um fim em que eles encontram o Santo Graal nos Harrods, por ser uma loja que tem tudo (risos). E, para minha surpresa, todos concordaram. Depois, na Vida de Brian eu não estava lá. Acho que ainda estava a editar The Holy Graal, enquanto os outros andavam a promovê-lo. Eles estavam em Amesterdão e o Eric [Idle], disse ‘porque não fazer algo do tipo: ‘A luxúria de Jesus Cristo pela glória’. Todos acharam boa ideia. Quando ouvi que eles queriam fazê-lo e a ideia era um filme bíblico, fiquei um pouco desapontado. Pensei que o guarda-roupa ia ser tão secante.
The Meaning of Life quase que não se concretizou. Tínhamos ido para os Barbados para fazer A Vida de Brian, durante duas semanas.

Deve ter sido estupendo...
Bem, por um lado foi mas naqueles tempos não tínhamos telemóveis, então toda a gente parava quando queria usar o telefone. O John [Cleese] dizia várias vezes, ‘tenho de me ir embora, tenho uma reunião com o meu contabilista’ (risos). Então decidimos ir à Jamaica para The Meaning the Life. Tinhamos um rascunho do guião e era um pouco como um dos filmes de Buñuel em que se estava sempre a acordar de um sonho, algo circular. Todos lemos no avião, a ir para casa e achámos que não resultava. E voltámos à estaca zero. Lembro-me de acordar com um aperto no estômago que tinha desde os exames da escola. E pensei: ‘merda, isto não vai acontecer, é desastroso’. Essa manhã percorri o guião todo, com marcações feitas por uma rapariga que trabalhava connosco e percebi que tínhamos 17 minutos de material que achávamos fantástico. Não precisávamos de muito mais. Nesse pequeno-almoço o Mike Palin disse que tinha uma sugestão e eu também tinha. O Mike disse: ‘vamos reduzir as nossas perdas, voltar a casa e transformá-lo numa série de televisão’. Eu disse: ‘porque é que nos estamos a preocupar? Pelas marcações temos 17 minutos de bom material só precisamos de mais 20 minutos. Ainda sinto que é uma história de vida...’ De repente todos pegaram na ideia e o Eric [Idle] disse que poderia ser O Sentido da Vida. Apenas as sete idades do Homem. Uff. Tudo resolvido ao pequeno-almoço.

O processo de escrita nos filmes foi diferente do programa de sketches, não?
Bem, nem por isso. Ainda fazíamos cena a cena. Até na Vida de Brian. Apenas tentámos escrever cenas divertidas.

Com as mesmas equipas? Você e o Michael Palin...
Sim, mas no Sentido da Vida acho que o John estava tão farto de trabalhar com o Graham [Chapman], por isso, houve trocas. Nada de chocante, na verdade.

Esteve envolvido em Spamalot?
Nem por isso. Foi mesmo o Eric Idle. Vi-o umas duas vezes. Acho que tem coisas muito cómicas, mas não acho que seja Python.

Ah não?! Isso é interessante.
É muito mais Eric do que Python. É muito amplo no tema, enquanto Python nunca era tão amplo. Por isso acho que tem um appeal mais global que os Python. A verdade é que os Monty Python nunca tiveram uma audiência enorme. Teve sempre um público muito fiel, mas era algo minoritária. Acho que o máximo que tivemos foi 6 milhões… e isso foi no tempo em que só havia três canais e havia, às vezes, 20 milhões a verem programas de comédia. Sempre foi mais de minorias e felizmente nos Estados Unidos, uma minoria é algo enorme (risos)! Foi aí que tivemos sorte. A maior parte das pessoas não gosta de Python (risos).

Bem, não é bem essa a minha percepção...
Mas se olharmos para a demografia de quem gosta dos Python é sempre uma minoria, mas de alguma forma Spamalot alargou mais o espectro.

Os seus sucessores, chamemos-lhe isso, como Not The Nine O'Clock News [obrigado Nande] tinham um sketch com Jesus Cristo. Era como uma inversão do vosso debate em A Vida de Brian. Ainda há uma série chamada Big Train...
Nunca vejo televisão
Um bom hábito
Mas acho que já vi um dos Big Train e achei muito cómico.

Eles seguiram claramente a vossa herança e trabalharam a partir daí. Mesmo nos EUA há uma animação chamada South Park. E os criadores dizem que os pais nunca os deixavam ir para a cama sem que vissem os Monty Python. Era obrigatório. Tem consciência dessa herança?
Nem por isso. Quando vejo estes programas parece-me ter pouco a ver com Python, não percebo propriamente o que as pessoas querem dizer com isso. Talvez seja porque ao ver Python percebem que tudo é possível na comédia. Já conheci o Trey Parker e o Matt Stone. Eles fizeram uma cena muito divertida com a mãe do Terry Gilliam. Amarraram no programa a mãe dele para o obrigaram a trabalhar com eles (risos). »«











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Porque é que Terry Jones está em Portugal?
O ex-Python, que tem viajado, dos Estados Unidos à Europa nos últimos tempos, acedeu ao convite do Teatro São Luiz em estrear mundialmente a sua peça Evil Machines (uma espécie de ópera) em Lisboa. «Uma mistura de lava-loiças, carros, bicicletas motorizadas e cantorias no palco, que vai surpreender, fazer perder a cabeça e não deixar pedra sobre pedra», explicou Mr. Jones, que está há mais de uma semana a ensaiar diariamente com o elenco da peça, que estreia a 12 de Janeiro.



Antes disso, podemos ver os talentos do versátil escritor (Terry Jones) já este fim-de-semana, no São Luiz, na reposição do espectáculo musical Contos Fantásticos, onde irá narrar (com legendas em português) os textos escritos por si – de hoje a domingo é Mr Jones, dia 14 e 15 será o actor João Reis. O espectáculo de teatro e música, executada pela Orquestra Metropolitana de Lisboa, com direcção de Cesário Costa e o concertino Xuan Du como convidado especial, regressa agora à sala principal do São Luiz. Uma oportunidade única para ver, ao vivo, um dos Python.