sábado, abril 15, 2006

inovação nos media

[Ora aí está o futuro dos jornais! A acontecer já e o DN analisa, de certo modo isso...]

Jornais americanos cativam leitores na rádio
Porque há sempre mais qualquer coisa sobre uma notícia", o Washington Post está agora na rádio na zona metropolitana da capital americana. Não é só por causa disso, claro. Como a maioria dos seus concorrentes, as tiragens do Post estão a diminuir e há que encontrar novas formas de manter o contacto com o público.
Não é a primeira experiência do Post na rádio. Na verdade, a WTOP foi pela primeira vez do Washington Post quando o jornal comprou parte dela à CBS em 1949, cinco anos mais tarde era o único proprietário, até a vender em 1978.
A WTOP foi mais tarde comprada pela Bonneville International Corp, de Seattle, que hoje a explora em joint-venture com o Post.Utilizando os jornalistas e repórteres do Washington Post, a WTOP mantém a ligação dos leitores com o jornal dando não só continuidade às notícias do dia como alertando para as que estão em desenvolvimento. E, claro está, potencializa a publicidade. Como diz o editor do Post, Boisfeuillet Jones Jr., "é uma oportunidade maravilhosa para o Washington Post encorajar a audiência da rádio a ler mais o jornal".
Sinal da boa recepção do projecto foi a cotação das acções do Post na NYSE ter subido no primeiro dia de cinco para 7,70 dólares.
Esta é uma fórmula já adoptada por outros jornais. O New York Times tem a WQXR, com música clássica e flashes noticiosos, o Chicago Tribune a WGN, que são complementadas com a rádio na Internet.
Enquanto estão a perder leitores nas edições impressas, os jornais estão a ter um aumento de leitores na edição online (só o USA Today deve ter mais leitores para a edição em papel que na edição online). Logo, é na Internet que estão a ser feitos os maiores esforços.
Além dos blogues e podcasts, o site do New York Times oferece também clips de notícias em vídeo, concorrendo directamente com os das estações de televisão.
mais in DN


Concentração dos media e pluralismo dos conteúdos sem relação evidente
"Não se consegue identificar uma relação directa entre a concentração dos media (estrutural e de mercado) e a diversidade de conteúdos e o pluralismo." Esta é a principal conclusão de um relatório produzido pelo Conselho da Europa - divulgado ontem pelo Obercom (Observatório da Comunicação) -, que mais adiante adverte que o facto de tal ligação não se identificar não significa que não exista, ela só "não é evidente, quer na diversidade de conteúdos dos jornais quer nos canais de televisão", nos quatro países estudados: Itália, Noruega, Reino Unido e Croácia.

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