quinta-feira, maio 06, 2004

Combustíveis: Revendedores ameaçam encerrar postos durante três dias

Associações de transportes exigem compensações - aumentos e mais aumentos

[Será isto normal? Que tal usar outro tipo de recursos, que não a gasolina... era melhor solução.]

Lusa
Os revendedores de combustíveis ameaçam encerrar os postos de abastecimento durante dois ou três dias,se o Governo não intervir no mercado para acabar com o que chamam de "falsa liberalização".

A disponibilidade para avançar com medidas de luta "mais duras" foi manifestada na assembleia geral da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC), realizada ontem, e contou com o apoio de cerca de 90 por cento dos dois mil sócios da associação, anunciou o seu presidente, António Saleiro.

Associações de transportes ameaçam com aumento dos tarifários

A constante subida do preço dos combustíveis, desde a liberalização a 1 de Janeiro, tem sido contestada também pelas associações de transportes. A Federação Portuguesa de Transportadores Rodoviários, reunida hoje em Lisboa, calcula que até ao final do ano o sector somará 54 milhões de euros de prejuízos.

Para evitar este cenário, Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP) exigem compensações do Governo. Caso contrário, ameaçam com uma subida do tarifário em três por cento.

Ainda assim, no encontro realizado hoje — que contou também com a presença da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) — foi decidido não avançar com medidas de protesto antes da reunião com o secretário de Estado dos Transportes, agendada para 26 de Maio.

Posição diferente tem a Federação Portuguesa do Táxi (FPT), para quem o aumento intercalar das tarifas só irá contribuir para diminuir a procura. "O sector vive uma grande crise, a procura continua a diminuir, pelo que a subida das tarifas dos táxis não só seria injusta como agudizaria esta situação", afirmou Carlos Ramos, presidente da FPT.

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